A meio da ponte sinta a simbologia jacobeia e a mística de estar num local único, colocando um pé em Portugal e outro em Espanha. Aprecie o rio Minho, a catedral fortificada de Tui e a Fortaleza de Valença.
Está na ponte metálica internacional, de 1886, com duplo tabuleiro rodo e ferroviário .Trata-se da única ponte com estas características, pois por norma a utilização é inversa. Os dois tabuleiros são ligados por vigas oblíquas cruzada.
Espaço memória, da antiga fronteira, guarda os testemunhos das travessias demoradas, dos passaportes, dos salvo condutos, do contrabando e do trapiche.
A fronteira, demarcada pelo rio Minho e unida pela Ponte Internacional, marcou a vida das duas comunidades, durante séculos, hoje é livre e franca.
Contemple a escultura “Ritmos de Primavera“, de Arlindo Rocha e o painel de Júlio Resende.
Sede da Colegiada de Santo Estêvão, desde 1398 e do Bispado de Ceuta, teve um papel preponderante nos domínios religiosos do Alto Minho. Principal templo cristão de Valença, aqui veio muitas vezes a Irmã Lúcia assistir às missas dominicais e matar saudades da lingua materna. Deslumbre-se com o quadro da Virgem do Leite, o único que em Portugal escapou à inquisição. No altar-mor os painéis de São Vicente e a Cátedra dos bispos de Ceuta, peça tardo-medieval e que é a mais antiga cadeira episcopal do património português.
O casario do século XIX, marcado pela azulejaria portuguesa, leva-nos ao coração da Fortaleza, a Praça da República, em tempos Largo de São João.
Pare aprecie a vida desta terra raiana, onde o português, o galego e o castelhano se misturam num linguajar único.
Entre peregrinos, turistas e locais o bulício do forte é constante, entre as ruas comercias e as ruas que nos remetem sempre para as vistas das muralhas.
Capela militar da Fortaleza. Contemple a imagem da Nª Sra do Carmo, heroína e inspiradora de tantas batalhas travadas pelos batalhões de Valença. À mochila de um soldado acompanhou sempre os nossos soldados nas linhas da frente e mereceu, tantas vezes o olhar inspirador da Irmã Lúcia.
Datada de 1700 é uma capela barroca e neoclássica de planta longitudinal e nave única.
No largo contemple a estátua de São Teotónio, o primeiro santo português, nascido, em Valença, confessor e conselheiro do Rei D. Afonso Henriques e inspirador da nacionalidade portuguesa.
Aprecie a robustez e extensão dos muros da Fortaleza. Percorra o túnel, que já teve ponte levadiça, rastrilho e 4 portas de madeira. Não fique indiferente às janelas espingardeiras, para tiro lateral, que atestam como esta era uma Fortaleza invencível.
Datada de 1700 é um convite a entrar numa viagem pelos momentos mais marcantes das aventuras históricas entre Portugal e Espanha.
Com mais de 5 Kms de extensão de muros é uma das principais fortificações abaluartadas do mundo, candidata a Património Mundial, junto da UNESCO. A estrutura militar atual data das Guerras da Restauração, dos séculos XVII e XVIII, conservando vestígios de mais de 2 mil anos de história.
Esta é uma obra de arquitectura militar gótica e barroca.
Localizada no topo de dois outeiros, é formada por dois polígonos: a Praça, ou Recinto Magistral e a Obra Coroa, ou Coroada.
Nas portas da cidade de Valença está o Albergue de São Teotónio. Este foi o primeiro albergue para peregrinos que surgiu em Portugal e leva o nome do primeiro santo português, São Teotónio, que nasceu em Valença. No exterior a pedra jacobeia “Ultreia Sus Eia”, dá as boas vindas e o bom caminho aos peregrinos.
No Largo dos Viana, entre Gandra e Arão, está um templo dedicado ao Senhor do Bonfim. Sempre de portas abertas, aos peregrinos para Santiago, situa-se em pleno eixo dos Caminhhos de Santiago, bem perto do lugar de Albergaria que atesta a existência medieval de um espaço para acolhimento / alojamento e mudas de cavalos.