Turismo de Valença

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O Lanço da Cruz no Rio Minho

Cristelo-Côvo

11 de novembro, 2019
Rio Minho
Uma das mais emblemáticas tradições valencianas é o Lanço da Cruz, no rio Minho, na Segunda-feira de Páscoa, no âmbito das festividades da Senhora da Cabeça, em Cristelo Côvo.

Esta tradicional romaria galaico-minhota decorre sempre na segunda-feira imediata ao fim de semana da Páscoa. Ao entardecer, depois da visita pascal, à freguesia de Cristelo-Côvo, o pároco, devidamente paramentado e com uma cruz ornamentada, entra num barco e dirige-se até à margem espanhola onde dá a cruz a beijar aos paroquianos da outra margem.
Durante esse período são lançadas, pelos pescadores de Cristelo-Côvo, as redes benzidas ao rio. Todo o peixe que sair no lance é para o pároco. Entretanto com o pároco português regressa no barco o pároco da paróquia galega de Sobrado – Torron, concelho de Tomiño (Galiza), dando a cruz a beijar aos peregrinos que aguardam junto ao rio, na margem portuguesa. Várias embarcações portuguesas e galegas acompanham este compasso pascal nas águas do Minho.

Até à noite os sons das gaitas de foles misturam-se com os das concertinas, das castanholas, o rufar dos bombos e tambores numa autêntica romaria galaico-minhota.

A tradição do Lanço da Cruz é uma manifestação religiosa e popular muito acarinhada pelas populações da raia minhota que ano após ano atrai um maior número de populares e turistas.

O Baptismo da Meia-noite

Ponte da Veiga da Mira - São Pedro da Torre

11 de novembro, 2019
Ponte da Veiga da Mira
A tradição do baptismo da meia-noite encontra em São Pedro da Torre uma referência curiosa, com muitas semelhantes às que se praticavam em vários pontos do Minho e da Galiza.

Trata-se de um baptismo pré-natal praticado por mulheres com problemas de gravidez que nesta tradição encontravam um alento e uma segurança para a sua gestação.
Reza a tradição que a mulher grávida, na companhia do seu marido, amigos e familiares, deverá estar junto à ponte antes da meia-noite, levando um imprescindível merendeiro não só para “matar” a fome mas, também, para celebrar tal como se fosse um baptizado normal.

Ao chegar à ponte a mulher ficará a meio do arco e lançará um caldeiro pequeno atado a uma corda que chegue ao rio, e ficará ali, no meio, à espera das doze badaladas do sino. Os seus acompanhantes deverão permanecer em cada uma das entradas da ponte impedindo, por todos os meios, que pessoa ou animal atravesse antes do ritual.

O primeiro transeunte que surgir junto à ponte, antes do ritual, deverá ser convidado e assumir o cargo de padrinho do bebé.

Recolhida a água, com a mesma, a mãe asperge a barriga, com o apoio do recente padrinho que usa um ramo de oliveira e pronuncia as seguintes palavras “Eu te baptizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Após o ritual é o momento de devorar o farnel ali mesmo junto ao rio.

Fortaleza
de Valença

o mais emblemático dos seus ícones – impõe a sua presença no alto de uma colina, assinalando a grandeza de uma das mais antigas povoações portuguesas, cuja imponência será, talvez, a responsável pela primeira impressão que se tem ao chegar.